quinta-feira, 27 de maio de 2010

GARÇOM COM PÓS GRADUAÇÃO?!

Fazer seleção de funcionários é algo que realmente me agrada. Adoro receber currículos, analisar cada um deles, e escolher algumas pessoas para entrevistar e fazer testes.
Nem sempre opto por quem tem experiência. Na verdade o meu método de seleção é muito mais intuitivo do que prático. Já tive boas surpresas em contratar pessoas sem experiência e ensiná-las a trabalhar.
Uma de nossas garçonetes mais antigas, começou aqui sem experiência nenhuma, e já cativou inúmeros clientes - aliás, ela é uma das colaboradoras desse blog no quesito - memória.
Bom, mas voltando ao assunto da seleção de colaboradores, mês passado colocamos anúncio no jornal, pois tínhamos uma vaga para garçom em aberto. Recebi vários currículo, um deles em especial me chamou a atenção: o candidato, já havia trabalhado em estabelecimentos respeitados da cidade, mas não como garçom. Até aí tudo bem, mas o que me chamou a atenção, não foi isso.
Como uma imagem pode valer mais do que mil palavras, escaneei o tal CV, e posto para vcs, na íntegra, com os dados do candidato apagados, obviamente, e também o detalhe do que me chamou a atenção, em destaque:



PARA OS MAIS DESTRAÍDOS, O DETALHE:


Bom, obviamente, ele não ficou com a vaga!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Latas que falam!



Essa história das latinhas que torcem pelo Brasil, criadas pela Skol, tá me dando um baita prejuízo!
Eu e os barmens da casa, criamos uma técnica para descobrir qual das latinhas fala ao abrir, pesar cada uma delas na balança de alta precisão aqui do bar - que serve para conferir o peso das porções que servimos aos clientes.
Ontem perdemos um tempão pesando todo nosso estoque de skol lata. A média de cada latinha (em peso é de 369 a 370g) e como encontramos algumas latinhas com 377 e 380g e separamos. Afinal, o tal sensor que faz a latinha falar, torcendo pelo Brasil, deve pesar alguma coisa.
Colocamo as benditas para gelar, na verdade gostaríamos de abrí-las quentes, naquela hora mesmo, pelo menos uminha para escutar. Uma latinha que fala, realmente é algo inédito, não é mesmo?!
Pois é, às 17h, todos chegaram para trabalhar, mas antes queriam abrir as latinhas. Segurei a onda do pessoal, e esperei a noite chegar. Mesmo sem a mínima vontade de tomar cerveja - afinal, dono de bar não pode beber todo dia porque tem que trabalhar, oras. Abri uma, duas, três, quatro latinhas das mais pesadas que encontramos ontem. Nada, nenhuma delas torceu, nem falou, nem gritou. E o pior, sem vontade de beber, e com diversas latas abertas que não podem ser vendidas, prejuízo para a casa - tudo pela curiosidade de ver a tal latinha falante. E ficamos a ver navios.
Agora há pouco entrei no site da assessoria de imprensa da AMBEV e decobri que as tais latinhas tem o mesmo peso das demais - por que não fui pesquisar antes?!?!?!?
Até encontrar uma pelo menos, não bebo mais cerveja de garrafa! Afinal, eu QUERO VER UMA LATINHA TORCER PELO BRASIL!!! TÔ EM CLIMA DE COPA, PÔ!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Curso de Cocktails

Olá!
Em primeiro lugar quero me desculpar pela falta de post ontem. Mas como muita gente já sabe, meu marido - são paulino incorrigível - viajou para São Paulo, para assistir no Morumbi o jogo da Libertadores. Dessa forma, esta que lhes escreve precisou trabalhar dobrado para garantir todos os detalhes de uma noite maravilhosa para os nossos cliente. Nem o frio espantou os amantes de futebol ontem a noite. A torcida santista - em menor número - e a são paulina - esquentou a noite aqui no Boemia.


Na última terça feira, a equipe do Boemia Butiquim - incluindo euzinha aqui - passou por um curso, muito bom, de "cocktails" com o profissional, Paulo Moreno de Ribeirão Preto. O cara é uma verdadeira fera no que diz respeito à profissão de bartender.
Já ganhou diversos campeonatos nacionais e internacionais na arte da coquetelaria.





A equipe toda ficou muito animada com o curso, aprendemos várias técnicas fundamentais para fazer qualquer coquetel se tornar especial. E até dicas, para aprendermos a criar os nossos próprios coquetéis exclusivos - que chic!

Então, para quem gosta de inovar - e sair de vez enquando da boa cerveja, só para variar, pode aguardar, porque daqui alguns dias teremos novidades em nosso cardápio de coquetéis.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Filial do Fome Zero?!



Recentemente, fomos para São Paulo, Cacaco e eu, para participarmos do evento da Real Academia da Cerveja, onde fomos contemplados com o Troféu Rótulo de Prata – 2° melhor bar do interior do estado de São Paulo para se beber cerveja. (Não me canso de falar desse prêmio, pois tenho muito orgulho dele).
Aproveitamos a ida à capital, para realizarmos uma excursão gastronômica, guiados por um amigo nosso, que é chef de cozinha e trabalha em São Paulo, o Badaró.
Conhecemos muitos lugares, experimentamos diversos sabores. Dentre as inúmeras idéias que tivemos por lá, a mais simples e, extremamente deliciosa, foi a primeira que colocamos em prática: Rodada de pastel, fresquinho!
Sendo assim, nos dias de casa cheia, soltamos bandejas de pastéis (iguais aos vendidos em feiras livres), fritos na hora e com o tempero especial do Boemia Butiquim. A idéia foi um verdadeiro sucesso. Os clientes amam. Em poucos minutos, dezenas de pastéis são consumidos. Porém, dia desses, no fim da noite, Cacaco é chamado ao caixa: havia um cliente indignado por lá e queria falar com o responsável pela casa.
Na verdade, o cliente estava bravo pelo fato de estarem na conta dele, os SETE pastéis que ele havia consumido.
Sem entender a dinâmica da reclamação do cliente, Cacaco questionou:
“Você não comeu os pastéis? Está errado a quantidade?”
O cliente respondeu: “Eu comi todos os pastéis, mas vocês cobram?! (INDIGNADO)”
Com a paciênicia que lhe é peculiar, Cacaco respondeu: Claro!
O cliente: “Putz, pensei que era cortesia.” E emburrado, pagou a conta e foi embora.

Agora penso eu: que bar, lanchonete ou restaurante oferece seus pratos à vontade e de graça para os clientes?
Detalhe: Cada pastel tem mais ou menos 13cm e pesa 150g. E o preço foi anunciado no microfone, pelo músico, momentos antes da cozinha liberar os pastéis para serem servidos.
Nota importante: Ficamos sabendo através de um conhecido do tal cliente, que ele procurou o PROCON para reclamar a cobrança dos pastéis!!!!!!!!!!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Copo Sujo


Acredito que nem todo mundo saiba o que significa a expressão "copo sujo" para os botequeiros de plantão: é um copo - geralmente americano - com uma borda de sal em volta (eu não gosto, mas mta gente aprecia beber cerveja neste tipo de copo). Ah, esse aí da foto eu fiz mais caprichado no sal, para ser possível visualizar)
Bom, continuando...
Certo dia, um funcinário faltou, dessa forma, liguei para a agência que me fornece profissionais free lancers, quando necessário. Como liguei de última hora, nenhuma das pessoas que estavam acostumadas a trabalhar comigo estavam disponíveis. Mas, para não me deixar na mão, a agência me mandou uma pessoa desconhecida.
Em alguns minutos, chega a Dona H., uma senhora com cara de vovó, mas muita disposição para trabalhar. Fiquei meio receosa em mantê-la naquela noite na casa, já que era um final de semana bem movimentado, mas por força das circustâncias, não tive outra opção.
Dessa forma, pedi para Dona H. simplesmente levar as porções nas mesas e recolher copos, pratos e talheres das mesas, etc.
E assim Dona H., ficou trabalhando. No meio da noite - isso já faz tempo, ainda não existia a Lei Antifumo no Estado de São Paulo - uma cliente pediu para Dona H., um copo sujo. Muito ingenuamente, e com muita boa vontade e estranheza, ela se dirigiu até a pia onde são lavados os copos e escolheu o mais sujo deles, e, ainda achou que estava um tanto limpo, dessa forma, completou a "sujeira" com duas tímidas cospinhas e levou o copo à mesa.
A cliente, surpresa, precisou explicar melhor à Dona H., que o que ela queria na verdade era um copo com a borda coberta com sal. Envergonhada, a senhorinha se desculpou com os colegas "achei que ela queria utilizar o copo como cinzeiro". Todos riram muito, principalmente os clientes.
Essa é uma das histórias inesquecíveis do Boemia Butiquim - e completamente verdadeira, por mais incrível que possa parecer!

Prazer, Boemia Butiquim



A idéia é neste espaço, escrever a história e dia a dia deste estabelecimento comercial, fundado pelo meu marido e eu, enquanto ainda éramos namorados. O Boemia Butiquim, hoje, com 2 anos, é considerado um dos melhores bares de São José do Rio Preto. Recentemente, ganhamos um prêmio super importante: Rótulo de Prata da Real Academia da Cerveja da Ambev, categoria São Paulo - Interior. Isto significa que, atualmente somos o 2° melhor bar do Interior do Estado para se beber cerveja! Chic, não?
Pois é, ainda estamos engatinhando e já fomos até premiados. Acho que de uma forma geral, podemos considerar que estamos sendo bem sucedidos, apesar de termos iniciado o nosso negócio com a cara, coragem, e muita vontade de trabalhar. Sempre pensei na possibilidade de escrever um livro com as nossas aventuras empresariais, que chegam, inclusive a serem cômicas. Afinal, sou jornalista por formação. Mas, enquanto não posso colocar esse projeto em prática, irei me dedicar a este blog, para organizar os pensamentos e fatos, para quem sabe um dia, colocar em prática o projeto do livro.